O setor imobiliário do estado de São Paulo segue em trajetória positiva, de acordo com levantamento do Secovi-SP divulgado em julho de 2025. O estudo aponta equilíbrio entre oferta e demanda e uma expansão consistente no volume de vendas.
Entre agosto de 2024 e julho de 2025, foram comercializadas cerca de 117,7 mil unidades residenciais novas. A maior fatia desse mercado, no entanto, está concentrada em empreendimentos voltados para a habitação popular. Nesse período, o programa Minha Casa, Minha Vida respondeu por 60% das vendas de imóveis, movimentando R$ 58,2 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV), crescimento de 9% em relação ao ciclo anterior.
Os números de julho reforçam a tendência de aquecimento: foram vendidas 6.154 unidades contra 5.724 lançamentos, evidenciando que o estoque vem sendo absorvido com mais rapidez.
No interior paulista, a região de Campinas se destacou como líder em vendas. Somente no primeiro semestre, respondeu por 20% das negociações registradas em 16 microrregiões e cidades monitoradas pela entidade. Em termos práticos, dois de cada dez imóveis comercializados no estado tiveram origem nessa microrregião.
O desempenho demonstra um setor saudável, sustentado principalmente pela procura por imóveis de menor valor, que continuam a puxar os índices de comercialização.
Apesar do cenário favorável, analistas chamam atenção para um obstáculo nacional: a taxa Selic ainda elevada, que tende a restringir o consumo e os investimentos. Para especialistas, um ajuste fiscal mais firme por parte do governo federal seria fundamental para abrir espaço à redução dos juros e garantir maior fôlego ao mercado.
Fonte: Secovi-SP