João Pessoa se consolidou em 2024 como uma das capitais brasileiras com maior valorização imobiliária, ocupando o 3º lugar no ranking nacional, de acordo com o Índice FipeZAP. A capital paraibana registrou uma alta de 15,54% no valor dos imóveis, impulsionada por uma combinação de fatores como crescimento da demanda, atratividade turística e infraestrutura urbana.
Imóveis de alto padrão, especialmente os localizados à beira-mar — os chamados “pé na areia” — estão entre os mais procurados. Mesmo com a valorização recente, o valor médio do metro quadrado em João Pessoa permanece abaixo da média de outras capitais nordestinas: cerca de R$ 6.890/m² na capital paraibana, contra R$ 9.000 a R$ 12.000/m² em cidades como Recife e Salvador.
Bairros como Cabo Branco, Jardim Oceania e Altiplano lideram o ranking de regiões mais valorizadas. Em maio de 2025, o valor do m² nessas áreas chegou a:
-
Cabo Branco: R$ 11.340/m²
-
Jardim Oceania: R$ 9.494/m²
-
Altiplano: R$ 9.085/m²
-
Castelo Branco: R$ 8.485/m²
Entre os bairros com valores mais acessíveis estão Torre (R$ 5.071/m²) e Portal do Sol (R$ 5.041/m²), que vêm sendo apontados como oportunidades emergentes para investidores.
Especialistas atribuem a valorização ao potencial urbano, à verticalização de áreas nobres e à escassez de terrenos próximos ao mar. O crescimento turístico e o investimento em infraestrutura também influenciam na expansão do mercado.
Além dos bairros em alta, outras regiões como Brisamar, Manaíra, Aeroclube e Bessa também apresentaram valorização significativa, variando entre 10% e 15% ao longo de 2024. Já o bairro Castelo Branco teve uma valorização de 35%, ganhando destaque após sair de uma faixa intermediária para uma zona em ascensão.
O metro quadrado mais caro da cidade segue sendo o de Cabo Branco. Há registros de empreendimentos de luxo como o PRIME VIEW, no bairro de Miramar, com coberturas que chegam a R$ 18 milhões. Nessas áreas, o valor do m² pode atingir até R$ 40.000,00.
Segundo corretores, João Pessoa não apresenta bairros desvalorizados, e sim regiões com perfis distintos que atendem públicos variados — desde quem busca sair do aluguel até investidores em busca de imóveis de luxo ou oportunidades de valorização.
