Um homem de 39 anos foi detido no início deste mês, no município de Itapema (SC), acusado de chefiar um esquema de fraudes no setor imobiliário que teria causado um prejuízo estimado em mais de R$ 20 milhões. A prisão foi realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio da Delegacia local, em cumprimento a um mandado expedido pela Vara Criminal de Nova Petrópolis (RS), onde o inquérito teve início.
Segundo as autoridades, o investigado exercia a função de gestor em uma conceituada imobiliária da cidade gaúcha, onde firmava contratos de aluguel e intermediação que, à primeira vista, aparentavam legalidade. No entanto, os valores recebidos — como cauções, aluguéis antecipados e comissões — eram desviados e não repassados aos proprietários dos imóveis nem devolvidos aos locatários lesados.
Mais de 119 pessoas já foram identificadas como vítimas do golpe.
A empresa fechou as portas de forma repentina em abril de 2025. Pouco tempo depois, o suspeito se mudou para Santa Catarina e passou a atuar no mercado como corretor de imóveis, adotando nova identidade profissional, apesar de responder a processos judiciais nas esferas cível e criminal.
Durante o período em que era procurado pela Justiça, ele levava uma rotina marcada pelo luxo, residindo em um imóvel de alto padrão e utilizando redes sociais para divulgar uma imagem de credibilidade e segurança no setor imobiliário.